sábado, 19 de novembro de 2011

Era uma vez...


“A década de 50 foi mesmo dourada com seu estímulo ao consumo”. Os anos dourados foram de muito luxo e glamour. O New Look resgatou a feminilidade com sua saia rodada, corpo justo e cintura marcada. Época em que a TV começou a difundir a comunicação em massa e que o surgimento da pílula anticoncepcional marcou a liberdade sexual entre os jovens... Época de Marilyn, Elvis, Martin Luth King... er King...Era uma vez, nesses anos dourados, uma jovem que queria ser jovem. Ela também tinha um sonho, mas carregava sobre as costas o peso do mundo. O sonho? Não estou certa de que tenha realizado, mas tenho certeza de que valeu a pena tentar....ela construiu um amor e eu sou o fruto do fruto desse amor. O nome dela? Sebastiana Custódio Gatto, meu orgulho, minha avó querida!De mim para a senhora vozinha lindona!! Amo muito."

Texto da Bazinha retratando a indumentária dos anos 50, época de revolução nos diversos segmentos da sociedade, tradução de transformação. Agregado ao texto acima ela usou uma foto da minha mãe para mostrar o que era chique vestir nos anos 50. Emocionei-me ao ver a foto e ainda mais ao ler o texto. Sabe filha essa jovem que queria ser jovem posso te garantir que ela precisou guardar este sonho, pois a vida reservou a ela coisas que não faziam parte do tão sonhado sonho, mas embora esse sonho não tenha sido realizado nos tempos de outrora acredito sim que dentro das possibilidades que ela teve conseguiu viver momentos felizes. E sei também que carregou sim sobre as costas o peso do mundo, pois era apenas uma menina e é aí que entra o orgulho, admiração e respeito que tenho por ela, tirou de letra, não desistiu e criou pessoas de caráter, deixou de viver o sonho que tinha por amor, passando a viver os nossos sonhos. Sei que tenho muito da Dona Sebastiana e me orgulho por conta disso. Bá e de alguns anos pra cá quando ela começou a viver o sonho guardado por anos, mesmo que na ficção, te confesso acalenta minha alma, pois nos sentimos felizes diante daquilo que acreditamos e se ela acredita o que nos resta é compartilhar com ela o momento que a Vó está vivendo que é de um grande amor. E todas as vezes que penso em alguém como referência penso na Vó sinônimo de coragem, determinação, luta, força e fé. E o que mais me cativa nesta mulher é a transparência com que ela sempre conduziu e conduz a vida dela e hipocrisia decididamente nunca fez parte da conduta da Vó. Que Presente ser da linhagem de uma pessoa como ela. Sei que negligencio muito com ela, mas sei que ainda haverá tempo para consertar isso.
Mãe quando não estou bem depois do Senhor nosso Deus é a Senhora que quero ter por perto, é seu abraço que me acalma e me faz seguir adiante.

Primavera de 2011/Privilégio de ter mãe e ser mãe!

“O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão.” E é assim o seu mãe.

1 comentários:

Kely Firetti disse...

Nossa adorei o que escreveu, e muito lindo ver alguém que não esquece as origens e lembra-se de agradecer a quem tanto nos deu.
Parabéns!!!
Bjokas

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